O
leitor refere-se à obra A
Crise da Morte,
de Ernesto Bozzano, que foi objeto de estudo metódico e sequencial
nas edições n. 1 a 8 desta revista. Eis o link que remete à parte
inicial desse estudo:
No livro, Bozzano fornece-nos 20 informações ou detalhes (como ele preferiu chamar), que dividiu em duas categorias: detalhes fundamentais (12 detalhes) e detalhes secundários (8 detalhes).
Eis
os doze
detalhes fundamentais pertinentes à crise da morte, referidos por
Ernesto Bozzano:
1.
Os Espíritos se encontram novamente, na vida espiritual, com a forma
humana.
2.
Todos eles, após a morte, ignoram durante algum tempo que estão
mortos.
3.
Eles passam, no curso da crise pré-agônica, ou pouco depois, pela
prova da reminiscência dos acontecimentos da existência ora
encerrada.
4.
Todos eles são acolhidos no mundo espiritual pelos Espíritos das
pessoas de suas famílias ou de seus amigos mortos.
5.
Quase todos passam, após a morte, por uma fase mais ou menos longa
de "sono reparador".
6.
Todos se acham num meio espiritual radioso e maravilhoso (no caso de
mortos moralmente normais) e num meio tenebroso e opressivo (no caso
de mortos moralmente depravados).
7.
Todos reconhecem que o meio espiritual é um novo mundo objetivo,
real, análogo ao meio terrestre espiritualizado.
8.
Eles aprendem que isso se deve ao fato de que, no mundo espiritual, o
pensamento constitui uma força criadora, por meio da qual o Espírito
existente no "plano astral" pode reproduzir em torno de si
o meio de suas recordações.
9.
Todos ficam sabendo que a transmissão do pensamento é a forma da
linguagem espiritual, embora certos Espíritos recém-chegados se
iludam e julguem conversar por meio da palavra.
10.
Eles verificam que, graças à faculdade da visão espiritual, se
acham em estado de perceber os objetos de um lado e outro, pelo seu
interior e através deles.
11.
Todos eles aprendem que podem transferir-se temporariamente de um
lugar para outro, ainda que muito distante, por efeito apenas de um
ato da vontade, podendo também passear no meio espiritual ou voejar
a alguma distância do solo.
12.
Os Espíritos dos mortos gravitam fatalmente e automaticamente para a
esfera espiritual que lhes convém, por virtude da "lei de
afinidade". (A
Crise da Morte, pp. 163 a 166.)
E
aqui estão os oito
detalhes
secundários colhidos por Bozzano:
1.
Os defuntos dizem que os Espíritos dos mortos a quem nos ligamos em
vida intervêm para acolher e guiar os recém-desencarnados, antes
que se inicie o "sono reparador".
2.
Os Espíritos, ao observarem seus cadáveres no leito de morte,
geralmente falam de um "corpo etéreo" que se condensa
acima do "corpo somático", fato que é confirmado pelos
videntes.
3.
Eles dizem que, assim como não existem pessoas absolutamente
idênticas no mundo dos vivos, o mesmo se dá no mundo espiritual, de
modo que as condições verificadas no trespasse não são exatamente
as mesmas para todos.
4.
Embora os Espíritos tenham a faculdade de criar mais ou menos bem,
pela força do pensamento, o que lhes seja necessário, quando se
trata de obras complexas e importantes a tarefa é confiada a grupos
de Espíritos que nisso se especializaram.
5.
Quando dominados por paixões humanas, os Espíritos se conservam
ligados ao meio onde viveram, por um lapso de tempo mais ou menos
longo. Não podendo, assim, gozar do benefício do sono reparador,
esses Espíritos persistem na ilusão de se julgarem vivos e
tornam-se, muitas vezes, Espíritos "assombradores" ou
"perseguidores".
6.
No mundo espiritual, os Espíritos inferiores não podem perceber os
que lhes são superiores, devido à diversidade das tonalidades
vibratórias de seus "corpos etéreos".
7.
As dilacerantes crises de dor, que frequentemente se produzem junto
dos leitos de morte, são penosas para os Espíritos dos defuntos e
os impedem de entrar em relação com as pessoas que lhes são caras,
retendo-os no meio terrestre.
8.
Os Espíritos afirmam, por fim, que, quando se encontram sós e
tomados de perplexidades de toda sorte, percebem uma voz que lhes
chega de longe e os aconselha sobre o que fazer: trata-se da voz
vinda de Espíritos amigos que, percebendo de modo telepático os
seus pensamentos, apressam-se em lhes transmitir conselhos. (Obra
citada, pp. 167 a 170.)
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