(Revista Espírita, junho de 1863 - Dissertações espíritas)
(Sociedade Espírita de Sens, 9 de março de 1863)
(Sociedade Espírita de Sens, 9 de março de 1863)
O que impede, por vezes, que vos corrijais de um defeito, de um vício, é, certamente, que não vos apercebeis que o tendes. Enquanto vedes os menores defeitos do vosso próximo, do vosso irmão, nem mesmo suspeitais de que tendes as mesmas falhas, talvez cem vezes maiores que as deles. Isto nada mais é que uma consequência do orgulho que vos leva, como a todos os seres imperfeitos, a não achar nada de bom senão em vós. Deveríeis vos analisar como se não fôsseis vós mesmos. Imaginai, por exemplo, que aquilo que fizestes ao vosso irmão vos tivesse sido feito por ele. Colocai-vos no lugar dele. O que faríeis? Respondei sem ideia preconcebida, pois suponho que queirais a verdade. Assim fazendo, estou certo de que muitas vezes descobrireis defeitos vossos, que antes não havíeis notado. Sede francos convosco mesmos; travai conhecimento com o vosso caráter, mas não o aduleis, porque as crianças aduladas às vezes se tornam más e os aduladores são os primeiros a experimentar os efeitos. Voltai ao alforje onde estão os vossos e os alheios defeitos. Ponde os vossos na frente e os dos outros atrás e atentai bem para ver se isso não vos faz abaixar a cabeça, quando tiverdes essa carga na frente.
LA FONTAINE
Visto em http://ipeak.net/ - 28/12/2016
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